O crescente interesse em dietas hiperproteicas, visando perda de peso e ganho de massa muscular, alerta para os potenciais riscos associados a esse padrão alimentar. Apesar das proteínas desempenharem um papel vital na formação celular e renovação de tecidos, o excesso desse nutriente pode trazer consequências para quem já possui graus mais avançados de insuficiência renal.
O processo metabólico das proteínas gera ureia como subproduto, que pode se acumular no sangue levando a sintomas como náuseas, dor abdominal e sonolência e, além disso, o consumo excessivo pode sobrecarregar rins já comprometidos, acelerando o progresso de doenças renais ao longo do tempo. A falta de uma hidratação adequada nesse contexto, também pode propiciar a formação de cristais de ácido úrico, cálculos renais e até crises de gota.
Em casos de doenças renais pré-existentes ou histórico familiar dessas condições, é crucial realizar um check-up antes de embarcar em dietas com alto teor de proteínas, dado o caráter muitas vezes silencioso e assintomático dessas doenças.
Além das complicações renais, o excesso de proteínas sem acompanhamento ou indicação médica pode estar associado ao aumento do risco de pedras nos rins. Para evitar tais complicações, uma abordagem moderada e personalizada, levando em consideração fatores como idade, condições de saúde preexistentes, nível de atividade física e objetivos individuais, é essencial.
No caso específico de pacientes com doença renal crônica em hemodiálise, recomenda-se uma ingestão diária de 1 a 1,2 gramas de proteína por quilo de peso. Já para aqueles com doença renal crônica avançada sem hemodiálise, a recomendação é de 0,6 a 0,8 gramas visando retardar a progressão da condição. Para indivíduos saudáveis com função renal normal, não há contraindicação formal para dietas hiperproteicas, porém devem ser realizadas com acompanhamento médico e nutricional .
Uma abordagem equilibrada e consciente sobre a quantidade ideal de proteínas, aliada a uma dieta variada, pode garantir a obtenção dos nutrientes necessários. Carnes, peixes, ovos, leite, queijos, iogurte e vegetais como ervilha, feijão e soja são fontes ricas de proteínas que, quando consumidas na proporção adequada, promovem a manutenção e produção de massa muscular de maneira saudável.
Portanto, se você pretende suplementar proteína, faça um check-up e uma avaliação da saúde dos seus rins com médico nefrologista.
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