Como médica nefrologista, é crucial destacar a forte influência da diabetes descompensada sobre a saúde dos rins que, assim como o coração, é um dos órgãos mais sensíveis a esse desequilíbrio metabólico.
A diabetes é uma condição crônica que atinge mais de 13 milhões de brasileiros, e que resulta da produção insuficiente de insulina ou da ação diminuída desta substância nos tecidos; levando ao aumento dos níveis de glicose no sangue e desbalanço do metabolismo.
O equilíbrio da glicose é essencial para o funcionamento saudável do organismo, e o termo “diabetes descompensado” refere-se à persistência de níveis elevados de glicose no sangue por longos períodos, mais comum em pacientes que não seguem o tratamento recomendado. Esta condição pode gerar danos nos nervos, vasos sanguíneos , retina, coracão, cérebro e rins, levando a complicações crônicas, como a nefropatia diabética e a insuficiência renal.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), cerca de 25% das pessoas com diabetes tipo 1 e entre 5 a 10% dos diabéticos tipo 2 desenvolvem insuficiência renal. A nefropatia diabética, nome dado ao tipo de alteração renal resultante da diabetes, leva à lesão dos vasos sanguíneos dos rins, levando à perda de proteínas pela urina e, a longo prazo, pode levar inclusive à uma perda de funcionalidade, tambem chamada insuficiência renal.
Os rins, particularmente afetados pelo diabetes descompensado, sofrem sobrecarga devido aos altos níveis de açúcar, resultando em lesões na sua estrutura de filtração, levando a perda de proteínas na urina. Esse é o primeiro estagio da nefropatia diabética.
A longo prazo, a perda de proteína na urina soma-se à diminuição da capacidade de filtração, levando ao acúmulo de líquidos e toxinas no organismo, afetando a composição química do sangue, também chamada de insuficiência renal.
A insuficiência renal crônica, que é uma condição gradual e irreversível, muitas vezes não apresenta sintomas específicos até estágios avançados, dificultando o diagnóstico precoce. Os sintomas mais comuns incluem presença de sangue ou espuma na urina, inchaço, falta de apetite, fraqueza, entre outros.
Portanto, para prevenir essas complicações, os pacientes diabéticos devem manter um acompanhamento médico regular, adotar um estilo de vida saudável com atividade física e dieta balanceada, reduzindo o consumo de carboidratos e mantendo os níveis de glicose controlados.
Além disso, é recomendado realizar exames de creatinina e urina regularmente para detectar precocemente sinais de nefropatia diabética e doença renal crônica. A Sociedade Brasileira de Nefrologia e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) sugerem que diabéticos, façam o exame pelo menos uma vez ao ano. Essas medidas preventivas são essenciais para preservar a saúde renal e evitar complicações graves decorrentes do diabetes descontrolado.
Cuidar da saúde renal é uma parte vital da gestão do diabetes, e como nefrologista, estou à disposição para auxiliar no monitoramento e tratamento adequado para evitar complicações nesse importante órgão.
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Genética influencia no problema de rins?
Dra Cynthia,sua explicação é sempre interessante e útil .Sigo seus conselhos e me esforço para seguir uma alimentação saudável e atividade física para manter e com isto manter os rins saudável
Fico muito feliz por saber que as informações compartilhadas aqui estão contribuindo para sua saúde não só renal, mas como um todo !
Quanto à sua pergunta: sim, a genética pode ter uma parcela nos problemas renais como é o caso de algumas nefrites, da doença renal policística e de cálculos/pedras nos rins, por exemplo.