A função do rins
Os rins desempenham múltiplas funções no organismo, desde produção de hormônios responsáveis pelo controle da pressão arterial e anemia, até filtração do sangue, retirando toxinas diluídas na urina, entre elas a uréia e o excesso de potássio. São também responsáveis por compensar o estado de hidratação (através da concentração urinária), e por equilibrar o pH do sangue.
Condições que
precisam de atenção
Diabetes
A Diabetes Mellitus é caracterizada por níveis elevados e sustentados de glicemia ( "açúcar no sangue"), e ocorre devido diminuição da secreção de insulina ( desde o nascimento, no caso da diabetes tipo 1, e progressivamente na diabetes tipo 2), associada à resistência à ação da insulina nos tecidos, sendo o tipo 2 mais comum a partir dos 40 anos de idade.
Além do fator genético, assim como a hipertensão, a diabetes está relacionada com maus hábitos de vida e obesidade. A glicemia constantemente alta no sangue, leva a um estado inflamatório , e maior predisposição para complicações na circulação dos olhos (problemas na retina), dos rins, das pernas e do coração, aumentando risco de AVC, infarto do miocárdio e infecções. O diagnóstico se dá através da anamnese ( história clínica, podendo haver sintomas como sede,fome excessiva, diurese abundante e emagrecimento , sendo estes sintomas mais comuns na tipo 1, enquanto na tipo 2 existe maior relação com obesidade e pode não haver sintomas), e confirmado por exames de sangue.
Hipertensão Arterial Sistêmica
A hipertensão arterial (pressão alta) atinge 30% da população adulta brasileira, e o número de hipertensos vem aumentando progressivamente devido aumento da expectativa de vida, assim como maior incidência de obesidade e maus hábitos ( alimentação inadequada e excessiva em sódio, tabagismo, sedentarismo).
Estima-se que mais de 50% da população acima dos 60 anos tenha hipertensão arterial, apresentando, portanto, maior risco de desenvolver complicações cardiovasculares, como o AVC ( acidente vascular cerebral), infarto agudo do miocárdio, sendo esta a primeira causa de morte no mundo. O diagnóstico é realizado por meio da aferição da pressão arterial.
Diálise
Também chamada de terapia renal substitutiva é o processo de filtração do sangue e, como o próprio nome já diz, serve para substituir o papel dos rins na retirada de toxinas e excesso de água do corpo.
A diálise não “melhora” ou recupera os rins, e sim cumpre sua função enquanto há a insuficiência renal. O tratamento dialítico pode ser por um período limitado ( em causas agudas , pontuais e reversíveis), ou definitivas em casos de rins que já esgotaram toda sua reserva, que foram constantemente agredidos por doenças crônicas.
Para este tratamento utiliza-se um filtro artificial, chamado “capilar”, pelo qual o sangue do paciente passa várias vezes ao longo de 4 horas,sendo realizado em uma clínica especializada ou hospital , onde o paciente deverá comparecer ao menos 3 vezes por semana. Esta modalidade chama-se hemodialise ( “hemo” =sangue), e para sua realização é necessário o implante de um cateter em uma veia de grosso calibre ( geralmente veia jugular) ou então por meio da fístula arterio-venosa, confeccionada cirurgicamente em um dos braços.
Também é possível utilizar como filtro, uma parte natural do corpo chamada peritôneo, localizada no abdôme. Esta modalidade de diálise chama-se diálise peritoneal, e para sua realização é necessário o implante de um cateter no abdôme, por onde será infundido o banho de diálise e drenado em ciclos noturnos, durante o sono do paciente. Esta modalidade deve ser diária e pode ser realizada no domicílio do paciente, com o treinamento adequado.
Principais questões
em Nefrologia
Cálculo renal
As "pedras nos rins" resultam de cristais que vão progressivamente se aglutinando e crescendo no interior dos rins.
Estes cristais podem ter diversas composições, sendo os mais comuns de cálcio ( 80%), podendo tambem ser de ácido úrico, cistina, estruvita ou mesmo uma mistura de todos estes componentes. A formação de cálculos está relacionada com predisposição genética, com hábitos de vida ( dieta rica em sódio, sedentarismo, baixa ingesta de água), e com alterações metabólicas na filtração renal, resultando no aumento da eliminação de substâncias como cálcio na urina.Pacientes com nefrolitíase ( cálculos renais) podem ser assintomáticos (não apresentarem nenhum tipo de sintoma), porém quando os cálculos migram da pelve renal ( interior dos rins) para o ureter ( estrutura que conecta os rins à bexiga), podem apresentar dor importante lombar, geralmente em cólica, que pode ser acompanhada de náuseas e vômitos. Quando o cálculo fica impactado, obstruindo a via urinária, há indicação de intervenção cirúrgica. As pedras nos rins podem também estar relacionas com infecções de urina de repetição.
Para diminuir a formação dos cálculos, é importante a ingesta hídrica abundante (a quantidade ideal varia de acordo com idade, atividade física e outras variáveis, sendo recomendável em média 2,5-3L água por dia, assim como restrição de sódio para menos que 2g ao dia) e medicamentos, quando indicado pelo seu nefrologista. O diagnóstico é feito pela anamnese ( história clínica), análise da urina e exame de imagem ( ultrassom ou tomografia).
Infecção Urinária
A infecção de urina é uma das causas mais comuns de infecção na população geral. Acomete principalmente mulheres, que são mais suscetíveis devido menor extensão da uretra em comparação aos homens, além da proximidade entre vagina e ânus.
Trata-se da translocação de uma bactéria (normalmente pertencente à flora intestinal – Escherichia coli 70-85% dos casos), que pelos motivos citados anteriormente, alcançam a bexiga(cistite) e lá se reproduzem, levando a sintomas como sensação de bexiga cheia, urgência miccional, ardência ou queimação ao urinar, e aumento da frequência urinária, geralmente com pouco volume ( “de gotinha”). Quando não tratada adequadamente, a infecção pode em alguns casos subir para os rins (pielonefrite), levando a dor lombar e febre. Além da E. coli, outras bactérias ( ou mais raramente fungos) podem levar à infecção de urina.
Outros fatores de risco são: menopausa, diabetes , gestantes, uso inadequado de ducha higiênica, higiene inadequada após relação sexual e após evacuação ( movimento incorreto do papel higiênico “de trás para frente”), cálculo renal, uso de sonda vesical, entre outros.
O diagnóstico é feito por meio de história clínica compatível, exame físico ( realizados por médico) e exame de urina, e o tratamento por meio de antibióticos.
Como prevenir: hidratar-se adequadamente, não segurar a urina por muito tempo, urinar e realizar higiene logo após relação, lavar as mãos antes e após fazer as necessidades, não tomar medicamentos por conta própria, pois alguns deles podem mascarar a infecção, levando a maior risco de complicações.
Sangue na urina
A hematúria ( sangue na urina) pode ser microscópica ou macroscópica ( visível a olho nu), e as causas são diversas desde infecção urinária, cálculo em trânsito ( que "machuca" a via urinária), nefrites ( inflamação renal, podendo ser de causa auto-imune) , trauma após passagem de sonda vesical , rompimento de cisto, ou mesmo um tumor ( entre eles o de bexiga, que está relacionado ao tabagismo).
Lembrando que nas mulheres, o exame de urina pode acusar presença de hemácias provenientes da vagina, sendo por este motivo recomendada a coleta fora do período menstrual. Frente à identificação de hematúria ( tanto no exame de urina quanto na detecção a olho nu), deve-se procurar um nefrologista para prosseguir investigação e tratamento adequado.
Proteína na urina
A perda de proteína na urina ( protenúria) deve ser investigada e possui diversas causas, sendo a principal delas, a diabetes, porem podendo tambem ser decorrente de tabagismo, doenças auto-imunes, ou resposta do organismo à outras doenças como infecções, e câncer.
Os rins funcionam como filtros, pelos quais o sangue passa, e há eliminação do excesso de água e toxinas do corpo. Em alguns casos este filtro pode apresentar mau funcionamento, levando à perda de substâncias pela urina que normalmente não seriam eliminadas, como é o caso da proteína.
O quadro clínico varia desde assintomático até, em casos de proteinúria maciça, edema generalizado (inchaço nas pernas, olhos, abdome), urina espumosa, podendo tambem ser acompanhado de aumento da pressão arterial.
Alteração da creatinina
A creatinina é uma substância produzida nos músculos, que é eliminada em sua quase totalidade na urina. Os valores da normalidade variam conforme idade, sexo e massa muscular, sendo em geral discretamente mais alta no indivíduo jovem do sexo masculino.
Quando há alguma agressão renal, a função dos rins fica prejudicada, resultando na diminuição da capacidade de filtração da creatinina, e acúmulo da mesma no sangue, levando a um aumento dos níveis plasmáticos. O aumento de creatinina no sangue, representa o que chamamos de insuficiência renal, que pode ser aguda (decorrente de uma agressão pontual como infecção, desidratação, uso de medicamentos tóxicos como anti-inflamatórios, uso de contraste) e potencialmente reversível, ou crônica ( consequência da agressão crônica resultante da hipertensão e diabetes mal controladas ao longo do tempo), que geralmente se caracteriza por ser progressiva e irreversível. A insuficiência renal pode ser acompanhada, ou não, da diminuição do volume urinário, sendo importante, portanto, a dosagem periódica da creatinina juntamente com exames de rotina.
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